Entrevista com moradores antigos

Relatos de Moradores

 (Painel geral de como era a região)

Nome: Rosália Schindler

Escolaridade. Nível Superior Completo (UFBA- Graduada do Curso de Administração)

1- Tempo de moradia no bairro da Ribeira?

Dona Rosália relata que nasceu na Avenida Beira Mar. Quando completou 10 anos foi morar no Porto da Barra e voltou a residir na Ribeira há 20 anos. A mesma informa que sempre gostou de morar perto da praia.

2- Como era antigamente a estrutura, o lugar?

Era o melhor lugar de se morar. As casas eram grandes, casas baixas, parecia casas de veraneio. O pessoal do interior comprava as casas na ribeira, pois gostavam do clima bucólico. Que a maioria dos moradores era de famílias tradicionais.

3- Como as pessoas se divertiam?

Dona Rosália relata que possuía vários parentes que moravam na Península Itapagipana. Que Todo mundo se conhecia. Não tinha muitos bares. Saia com os amigos de marinete. Pescava mariscos.

4- Quais as manifestações culturais da época? O que mudou?

Tinha a festa da Boa Viagem, Samba de roda. Participava das festas religiosas.

Nome: Celeste Brasil dos Santos

Escolaridade: 2° grau Completo.

Idade: 60 anos.

1- Tempo de moradia no bairro da Ribeira?

Nascida em Belmonte/ BA. Moradora desde 1962.

2- Como era antigamente a estrutura, o lugar?

Relata que a população aumentou muito por causa das invasões e o índice de violência também. Mas que ainda a Ribeira é um bairro tranqüilo, que as pessoas ainda sentam na porta como antigamente. Ainda faz cuper na praia. Dona Celeste ainda informa que se lembra das palafitas, das casas de tabua em cima do mar e que havia muito lixo entulhado.

3- Como as pessoas se divertiam?

Informa que não saiu sozinha, pois seu pai não deixava, mas que existia o Cinema da Madragoa.

4- Quais as manifestações culturais da época? O que mudou?

As festas tradicionais da Ribeira, festa do Bonfim. Naquela época as pessoas se enfeitavam e saiam nos blocos culturais e familiares. Relatou sobre as competições de remo, citou alguns nomes das sedes de remo como o São Salvador, Itapagipe, Santa Cruz. E que algumas casas antigas são preservadas e que foram tombadas, viraram patrimônio cultural.