Meio Ambiente

Por Fernando Piñeiro




O Relevo plano na proximidade e um lençol freático dificultam as obras de saneamento que estão sendo desenvolvidas pela Embasa, gerando alagamentos nos períodos de chuva. De acordo com dados fornecidos pela Limpurb, Itapagipe é a sexta região administrativa em resíduo sólido coletado. Para diminuir a poluição das praias, a empresa de limpeza urbana colocou uma rede de proteção no mar, fechando as passagens entre Itapagipe e Plataforma, a fim de reter a passagem de objetos maiores que são jogados na maré. Nessa área a coleta é feita com balsas, por não haver outra forma de acesso, e daí são tiradas seis toneladas de lixo por dia, a maior parte composta de garrafas plásticas.
A Embasa desenvolveu na área o projeto Baía Azul, que já canalizou uma rede própria com 78 pontos de esgotos que iam para a rede pluvial, desaguando no mar, resultando no melhoramento da praia da Ribeira que, mesmo assim, ainda está imprópria para o banho. Os moradores se queixam dos estragos deixados pelas empresas durante as obras, como canos quebrados, vazamentos, buracos etc. Na área de aterro os resultados ainda são ínfimos.
A herança do período industrial é particularmente nefasta no que diz respeito ao meio ambiente, deixando um rastro de mercúrio depositado no fundo da maré, que é continuamente remexido pelos catadores de siri e mariscos. Além disso, as construções abandonadas pelas fábricas serviam de abrigo para containers com produtos de alta periculosidade, que colocavam em risco a vida da população. Ao lado da enseada dos Tainheiros, as construções das palafitas têm provocado uma destruição progressiva do manguezal, danificando o ecossistema da região.

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